deveria
ser rio
para me
perder no mar
me vestir
de nuvem
e
desmanchar num céu,
ser pingo
d'água
e me
fundir na chuva
a asa do
beija-flor
e sumir
no movimento;
deveria
ser poeira
e compor
os desertos
a faísca
da chama
absorvida
pelo fogo,
a réstia
de luz
num poço
de lua cheia
um vento
casual
inserido
no inverno;
devia ser
a letra
perdida
na palavra
rastro na
areia
incluído
na estrada,
o fio da
trama
decomposto
no lençol
o graveto
ao léu
aglutinado
no ninho;
devia ser
o ponto
encoberto pela reta
a fração
o número
envolvidos no infinito,
o átomo
indiviso
que em
tudo se reúne
e se faz
inteiro
pois do
todo é parte.
Comentários
Postar um comentário
Comente os textos, suas críticas são bem-vindas e sugestões também. Obrigado!