Me falta a decisão do instante me falta a jugular do perigo “tantas vezes reles, tantas vezes porco” me falta a fartura do nada me falta o confluir dos rios tantas vezes gasto o equívoco consolo me falta o absurdo do simples e quanto me falha uma curva para num imediato trespassar essa reta me falta o começo de tudo me falta o espinho da aresta pôr um alvo à vista e se perder a seta... Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Fernando Pessoa
de palavras, universos e inconclusões...