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Mostrando postagens de abril, 2015

PAISAGEM

fragmentos de nenhum plenitudes de migalhas e sabor de poucos azuis, minha paisagem cruza dos contornos do agora Pano Branco by João Carlos in www.blckdmnds.com às espacialidades  nuas, transpondo os mundos e os revirando em mar de um imergir miragens,                           lançando-se ao absorto para colher das estórias a que não será contada, sei pouco de horizontes e paralelos e contrastes nesse olhar de sombras, minha voz é do silêncio carcereiro das palavras que não alcanço libertar.

DELIBAÇÃO

por sobre a mesa posta o desejo a fome o vazio e a lua transubstanciada salta o céu sem estrelas, o corpo, ternura de vidro by Miguel Ángel Cuesta -  in www,blckdmnds.com feito do metal em brasa esfria ao relento da noite sem o leito de um sonho, pássaro a romper o voo pelo verbo da ausência sem que divise o pouso para lembrar seu ninho, rio engasgado na pedra sem represar desse grito as águas que rebentam dos envoltórios da alma, sou pez que se dissolve dessa memória remota e bebo da seiva destilada a minha incompletude...

CAÇADA

meu abismo cifrado é na margem de mim que se estabelece fonte dos equívocos sinceros, sub-reptícios, nesse metal forjado da ilusão entretecida de cavar os sonhos os malogros da alma fervem o pó das cinzas, na ponta da lança a lua, feito a insígnia dessa noite apartada é o mais próximo do sol que a visão alcança, a fera que me vigia não dorme na vereda sou presa fácil de mim e me devoro aos poucos entre os fios das horas.

MUDEZ

não disse palavra mas havia tantas presumidas vítreas vadias e tortuosas, não disse palavra nem rio e nem flor nem mar ondeado nem asa de colibri, nem brasa de gelo nem frio de chama nem forja nem liga aço sequer nem dor, nem gosto ou sol nem a tempestade ou, do albor tardio o tudo recomeçar, não disse palavra que ainda dormem desde o não sentido de tudo submergir...