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Mostrando postagens de janeiro, 2013

CALEIDOSCÓPIO

Um dia se deu a ir Percorrer sem direção Na aragem da noite O sonho de buscar Desvendar quem é Que sabia apenas Ter a lua encostada Na órbita dos olhos E um coração vasto De refugiar as marés Era o mar sua alma Ou o céu estrelado Um voo na nebulosa Distante de Órion Ou o eco perdido até? O espectro da cor Dividida pelo prisma O sol dividido em mil Nesse caleidoscópio  Da ilusão de viver?

IMAGEM

Sem Título - por J Ribas  O que vive em mim nem por fim vive Pois está fora do alcance que viva assim O que vive em mim é relance de tarde Lá fora, luz da manhã na noite que arde O que vive em mim vem sorriso ao longe Voz que me chama e me tem carinho Como o sino que tange na alma sem fim O que vive em mim é do espelho partido É da luz de velas em sombras envolvidas Que vai encontrar em outra paisagem Reflexos que saltam da penumbra à vida Quando o tempo me levou a imagem.  

MURAL

Abstrato S/Título - por J. Ribas Bêbado da vida prossigo além Do fardo de tudo que carrego A me escorrer os descaminhos Dos rios que me tornam cego Em águas imerso o mal ou bem Livre é que destravo no abismo As asas quebradas da ventania A me levar na razão do espaço Às altitudes que ainda não via E estradas que ainda não piso A sala de máquinas das esperas O sol de extensões mal contidas O universo na moldura da janela Tangências que traçam a vida Dessa rota que jamais houvera Tudo se esconde nos disfarces Um silêncio que arde sem estalo O mural transparente de calafrio As respostas que no peito entalo E as perguntas que me esvazio.

REVOADA

Joan Miró Estanquei fibra a fibra o silêncio Da palavra que não pronuncio, Mas não tem nada que me cale Essa revoada de guizos no vazio; O que era tanto se fez pequeno Disperso entre minúcias em mim, Não está na encosta do terreno Nem na poeira que raspei, enfim; As regiões do vir a ser imaginário Sigo de meridianos no sol a pino, Perdi estrelas em cálculos vários Na rota desse barco clandestino; Porém, que o silêncio ainda fale O rugido de qual seja o balbucio, Que não tem nada que me cale Essa revoada de guizos no vazio.