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Mostrando postagens de dezembro, 2015

PASSAGEM

Isadora Duncan o próximo degrau que seja para o sol nem saturno ou plutão vênus ou marte tampouco mercúrio mercador e ladrão quero Apolo sonhador gênio puro arte, e venha ainda Dionísio, o pai do vinho a taça a verter encanto, alumbramento pois o sonhar é ir-se além do humano reconstruir o paraíso de cada momento, dance a alma o pleno gesto do coração dance a nuvem o mar a montanha céu seja o universo o palco da humanidade numa nova terra onde escorre leite e mel.

REFLEXÃO

ainda vou viver muitas vidas sem que possa me entender com esse mistério que flutua, como se mar nem houvesse ou o que se tinha por mares Amandine Van Ray - meiaseis.com fosse somente a palavra nua, queria deter o que soubesse daquilo que se chama tempo sem que disso haja o sentido,                                          pois o que há é luz, e escuro num mundo de cor e sombras em que sempre andei perdido, é ainda o mistério que marca com ferro em brasa e sangue a asa mutilada que me tatua, não há voos nem sobre o mar nem a sobre a lua devastada: - viver abisma na palavra nua...

TRÂNSITO

na carne terrosa da alma: - mundos e sementes e nos meus dedos desliza a água dos tempos, leio a efemeridade do sol que arde na veia nesse sangue de persistir oceanos a pulsar, Simon Siwak - meiaseis.com me infiltro na constância de amoldar sonhos mesmo que não detenha elementos, alquimias,                                  nebulosa de domar a dor passageiro de durar ultrapasso nuvens de ver e razões a supor, me arvora é desse sentir o eco no absconso a repetir-se entre átomos o trânsito incompleto, sem deter nem a certeza ou o efeito da soma senão, unido à incógnita partir sem eternidade...

MEMENTO MORI

sei desse homem antigo envolto em ferro e vidro que trafega pelas praças e crê da filosofia ao vazio, homem que desconhece de testamento ou destino mas, segue determinado entre o ignoto e o abismo, Anja Bührer - meiaseis.com sei desse homem as luas desertos, o caos domado nas doses de aguardente à beira da noite sem fim, e sonhos postos ao largo sem rastros de esperança nos recessos que sangram onde sutura não estanca,                                                  parado defronte à janela revê mundos, desencantos embora a sempre epifania assegure horizontes de luz, é certo que a humanidade em seu caráter mais puro salve ainda algum motivo que justifique viver e lutar, contudo, sua alma chora na frialdade da impotência sem que detenha o sentido que se dilui pela amplidão.

NOITE

dizia-se de uma noite que invadia o mundo Anja Bührer - meiaseis.com e mergulhava nuvens no olhar dos homens, de uma escuridão tal que as próprias trevas recolhiam-se caladas em desertos de vidro,                                             uma sombra em ferros numa manhã cinzenta uma mortalha de ecos sobre leitos de insônia, e no enregelar da alma no arrefecer da busca no desencanto da flor… quedava-se imensidão.