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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

NÉCTAR

assim distante, quanto próximo e silencioso, quanto tonitruante quero voos - mais que altitudes   Eikoh Hosoe by www.culturainquieta.com quero revés – mais que sentido, a rua transversal, a cor terciária a mistura ácida, a viuvez do dia a ferocidade inútil de borboletas no ópio de cores imperceptíveis, quero o oblíquo do imprevisível dessa lâmina na órbita do olhar corte a despir a carne do sonho um deleite de jamais adormecer.

MIGRAÇÃO

e veio-me dizer isso antes das palavras esse vento descalço que anda nu pelo ar, feito um imprevisto uma janela no olho no cenário invisível da vista que não há, passou brando e foi interpondo o agora e nas veredas deixa ecos nos caminhos, e a palavra em fuga é caminho de névoa nesse voo sem rumo de almas sem ninho.

NUDEZ

sigo itinerários febris mino carne de pedras para o cinzel de durar antes de vir a aurora, sou feito de pedaços afixados na tardança de jamais completar as trilhas do mundo, me perdi tantas vezes quanto há de estrelas para rezar um silêncio que não têm serventia, me agarro nesse fio onde rumina a noite que enlaça os ventos nas teias das aranhas, me basta o que existe o que há de mistério tem sua hora marcada,      e tudo sei de esperar.

GESTO

a borboleta paira sua liberdade de distâncias por J. Ribas para revelar o invisível do nada que devora, o gesto da borboleta colide os mundos bater de asas na solidez das ideias, descaminhos,                                                               flor solta no tempo a se permitir uma nudez mais velada que a lua no seu véu de florescer luz...

LIMITE

dali lancei meu olhar perdido entre aquarelas e cores nuas no aleatório dimanar de água veste de fogo líquido em mim, extinção de deuses, ou ídolos homílias de silêncios e ondas no tempo de não se saber luz na queda de não se haver asa, feito meia-noite sem um luar e sem a desculpa de sombra para se disfarçar os segredos  na dor mais surda que vítrea, vi romper ardis de fronteiras sem maré que me transborde sem pés de encontrar limites e esse gosto de sal, além mar.