fabricava poemas melhor seria se fizesse guarda-chuvas o tempo é tão imprevisto não se pode confiar na meteorologia para dizer se chove ou não melhor fazer guarda-chuvas, de que adiantam palavras quando a balança comercial oscila o mercado as finanças os percentuais... e o frágil equilíbrio do mundo é determinado por homens sem alma melhor fazer guarda-chuvas, fazer poemas é tão inútil quanto um domingo nevoento como um daqueles dias de feriado quando tudo para de vez deve-se fabricar guarda-chuvas é a única garantia que o mundo continue, melhor a oficina de sombrinhas que palavras a inquietar a razão que sonhos a crescer pelos cabelos esqueçam-se os poemas! como a poeira escondida no tapete depois da faxina malfeita.
de palavras, universos e inconclusões...