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Mostrando postagens de setembro, 2013

OBSTINAÇÃO

Creio em árvores, estrelas na terra nos rios nos lobos na fruta arrancada na hora e mordida, no gosto de sol, Creio em sair pela rua, ver além do que existe, a vida as estações de florir na lua e essa mecânica de existir, Creio na soma, e na fusão na asa do elefante, balões retirados do limbo, clímax de noites sem contrafação, Creio a gênese do espanto deus em sua dança eterna de cada salto da inocência e desertos, montes, mares, Creio no incriado, o sonho a transcendência do breve em seu caminho no tempo insondável, pleno, e eterno.

ULTIMATO

O perfume barato da escolha me despertou o começo da tarde, ...falta mar na esquina da rua; Caminho - por J. Ribas Deparo com uma lembrança em cada um dos meus dedos, peças do tempo, coisas de durar; De todas as formas de tortura pastar memórias é a mais inútil, ...falta sol no solfejo da chuva;                                                                    O dragão pousa entre a porta e o espaldar da cadeira, boceja, não decide se vai, se fica em casa; Por todos os lados há caminhos, quando começo a festejar a vida? ...falta voar na crina dos telhados.

DESERTO

Pausa na vida para ajustar as janelas, os rumos, o provisório, a desordem os olhos de vidro, Alguma coisa de acreditar                           deu-se em pactos cinza, e a tirania, a passos lentos, cavalga na sala, Ouço o rumor sem fim das horas, suturo dias de sonho, folheio o bálsamo de versos agridoces; No deserto de cabeceira atravesso um noite insone, vigio sombras - quando vem o sol de amanhã?

QUEFAZERES

Abstrato em azul e cinza - por: J.Ribas Abrandou a ventania para enlaçar as nuvens; Desocupou os canteiros para regar o tempo; Gravou o solo da chuva nos ecos do segredo; Condenou aranhas à luz das réstias de sol; Agitou a poeira no circo das minudências; Deu asas ao mar quieto dos olhos da moça; Resgatou o seixo perdido e o cravou no rio, - Crueldade de poeta é ternura disfarçada. o traço se espaça curvas no espaço... J. Ribas

LIMALHA DO SONHO

Há uma parte de mim que determina caber no vazio, e completar-se a vida; Há nesses espaços os galhos hirtos, em que floresce into wave -  por J. Ribas a seiva das esperas; Há em redor das horas alquimias lentas a moer tempos, e destilar enganos; Retiro a limalha do sonho, e encontro a limpidez de existir    a única essência; Não sei mais que a fogueira de apagar o medo, num denso que me fiz incendiar... uma saída sempre se recorte à tua sina de escrever poemas. Luciano Maia