por sobre
a mesa posta
o desejo
a fome o vazio
e a lua
transubstanciada
salta o
céu sem estrelas,
o corpo,
ternura de vidro
esfria ao
relento da noite
sem o
leito de um sonho,
pássaro a
romper o voo
pelo
verbo da ausência
sem que
divise o pouso
para lembrar seu ninho,
para lembrar seu ninho,
rio
engasgado na pedra
sem
represar desse grito
as águas
que rebentam
dos
envoltórios da alma,
sou pez
que se dissolve
dessa
memória remota
e bebo da seiva
destilada
a minha incompletude...
Comentários
Postar um comentário
Comente os textos, suas críticas são bem-vindas e sugestões também. Obrigado!