Pular para o conteúdo principal

DESENLACE

Um poema de amor
piegas
escrito com veneno
e estrela
quis existir além do
papel,

Na forma de sentir
a adaga
de uma lua afiada
na rosa
vermelha de fogo
Naoto Hattori - meiaseis.com
e mel,

Um poema piegas
de amor
oculto nos renques
de palavras
ao vento arrojadas
no vendaval,

Um poema de amor
vencido
e que ainda mantém
-se sonho
coeso, nesse mundo
desigual,

Um esboço da luz
no escuro
da brasa atiçada
na cinza
num fogo apagado
no final...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CÔMPUTO

A equação do voo das moscas o zunido do fosso dos ventos, O número de grãos da areia a ferrugem dos dias e da alma,                                                                        O azul a lua etérea,                              as páginas obscuras do Índex, voos e ardis,                                                                                 O abecedário das formigas o sustenido dos pardais, O sol nos bancos das praças a ordem objetiva do mundo... Tudo foi calculado.

STANDBY

me devoto ao impossível tanto quanto creio no tempo e seja próprio do existir o embate inútil das ideias, me devoto aos artifícios Michal Mackú como se a derme calcificada da alma, toda se adequasse em mimetismos e disfarces, no indissolúvel contrato do desencontro, e do vazio tudo é uma espera constante enquanto se macera a vida, mas o espetáculo continua seja noite ou tempestade e o que movimenta a máquina ao menos também a pulveriza...

O OUTRO

Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.