que desejo jaz nas gavetas,
a espera
de um dia se encontrar
as coisas
dadas por perdidas?
que mar
não foi conquistado,
adormece
sem marés ou estrelas
em terras
ainda a descobrir?
que
gemidos fechados na casa,
vão a se
desfazer em poeira
enquanto
a esperança anoitece?
quantos
olhos postos à janela,
vigiam os
pássaros de sonhar
que o
tempo engoliu nos ninhos?
que
danças ficaram no salão,
sem que
se pudesse concluí-las
antes do chegar
o Armagedon?
que
castelos foram tragados
nas mãos
imprevistas das ondas
antes de
se poder inventá-los?
que vidas foram suspensas
como semente em um solo árido
e a poeira é tudo que resta?
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