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APRENDIZADO

aprendi no rigor das pedras
um clamor despercebido
que faz erguer as montanhas
à proximidade do céu;

sentir foi na raiz da terra
de crescer as sementes
que desenlacei as gramaturas
e mistérios do silêncio;

no canto de pássaros soltos
é que escuto a música
que engravida a alma de sol
quando chove saudade;

construí com zelo de abelha
cada sulco de palavra
para prover um mel de curar
o amargo de ver o mundo.

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CÔMPUTO

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STANDBY

me devoto ao impossível tanto quanto creio no tempo e seja próprio do existir o embate inútil das ideias, me devoto aos artifícios Michal Mackú como se a derme calcificada da alma, toda se adequasse em mimetismos e disfarces, no indissolúvel contrato do desencontro, e do vazio tudo é uma espera constante enquanto se macera a vida, mas o espetáculo continua seja noite ou tempestade e o que movimenta a máquina ao menos também a pulveriza...

O OUTRO

Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.