ao fim da
tarde de mais um dia
meu corpo
transpira o monótono
de
cavalgar pelo vazio das horas,
que é o
tempo? – digo ao relógio
e ele me
responde com o silêncio;
até onde
sei, a vida é esse caos
que
contemplo do limar da torre
onde
ergui conceitos, autos de fé
e os
estamentos de bem viver
aparências,
normas, e cortesias;
até onde
não sei, ser humano
é estar
num limiar de duvidar-se
sem
lograr deparar uma resposta
na
indeterminada, e desmedida
espera de
ver fugir o que somos;
o tempo é
uma ilusão – reflito,
e o
relógio – mudo de respostas,
absorto
na tarefa de ser relógio,
indiferente
ao que quer que seja
me leva -
em seu ciclo perpétuo.
Comentários
Postar um comentário
Comente os textos, suas críticas são bem-vindas e sugestões também. Obrigado!