a porta
entreaberta
era um
convite para entrar
mas ele
sentia apenas
chegada a
hora de partir
ir-se
adiante, na direção
que
não coubesse medir,
os braços
abertos
eram uma
fala de desvelos
mas ele
via correntes
onde
havia asas translúcidas
e temia
perder-se sem ar
no
rarefeito das astúcias,
preferia
ser sozinho
que rodeado
pelas sombras
de velhas
imagens de sal
o que
para ele bem pendia
entre a suspeita
e a raiz
semeada
de todo mal,
onde
ouvia canção e loa
preferia
gemido e urro
sua
comida era o pão austero
retirado
com o suor da terra:
a poesia,
de olhar distante,
era sua pátria em guerra...
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