todo
verso é substrato
como
resíduo da alma
buraco
aberto na vala
de
subtrair o anverso,
e o verso
indetermina
mal se
sabe o começo
quando
sei o que digo
num instante esqueço,
que o
verso é um risco
uma
espécie de perigo
um
mergulho enquanto
-
observa-se o umbigo,
pois um
verso é senão
tangência,
ângulo reto
grito
aceso de silêncios
gestação
antes do feto,
mas o verso não recua
gane, na
hora de parir
depois
vai, porta afora
quando a
saída é não ir.
O poema traz forte a ideia de auto-regestação. A vaga impressão de reparar os inversos d'alma que se esconde sem tê-lo como apalpar. Os buracos,as marcas,esses,sempre farão parte de nós,mesmo contra nossa vontade.
ResponderExcluirObrigado, pela atenção das palavras, esse texto é um mergulho na vida e no pensar a poesia! Abraços!
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