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STANDBY

me devoto ao impossível
tanto quanto creio no tempo
e seja próprio do existir
o embate inútil das ideias,

me devoto aos artifícios
Michal Mackú
como se a derme calcificada
da alma, toda se adequasse
em mimetismos e disfarces,

no indissolúvel contrato
do desencontro, e do vazio
tudo é uma espera constante
enquanto se macera a vida,

mas o espetáculo continua
seja noite ou tempestade
e o que movimenta a máquina
ao menos também a pulveriza...

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CÔMPUTO

A equação do voo das moscas o zunido do fosso dos ventos, O número de grãos da areia a ferrugem dos dias e da alma,                                                                        O azul a lua etérea,                              as páginas obscuras do Índex, voos e ardis,                                                                                 O abecedário das formigas o sustenido dos pardais, O sol nos bancos das praças a ordem objetiva do mundo... Tudo foi calculado.

O OUTRO

Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.