já
era tarde da noite
e as
ruas dentro de mim
estavam
vazias de pensamentos
os
postes cheios de estrelas
eram
transportados ao céu…
não
era hora de ser romântico
não
tinha vinho na taça
o
sangue a pulsar nos músculos
tingia
de vida a imaginação
(é
certo que anjos choravam…)
o
que restou do mundo
- um
quadro de Dali em chamas -
tudo
dormia no gelo da madrugada
grilos
faziam o fundo musical
num
cenário de filme noir…
da
janela olhava a vida
num
lugar qualquer do planeta
sons
à distância lembravam
que
há os que nunca dormem
(será
que eles jamais sonham?)
e o
que restou do mundo
cabia
numa frase de Nietzsche
para
o qual olhar abismos
os
faz refletir de igual modo
o inominável em nós submerso…
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