são
dias em que é preciso
apertar
o passo e esquecer a chuva
desses
dias que um sol cinzento
anoitece
a vida aos poucos
sem
crepúsculos à beira mar…
são
dias em que é preciso
ser
forte o bastante para seguir
o
curso das coisas, a fome
a
rota prescrita – e aquela curva
onde
a liberdade se esconde…
são
dias em que é preciso
fazer
de conta, sorrir ao bandido
mesmo
que depois se vomite
a
tarde inteira de impropérios
sem
esquecer os planos de combate…
são
dias em que é preciso
ouvir
os pássaros, e o silêncio
insistir
em algo mais que sonho
que
nos enraíze a sabedoria
e faça outra realidade florescer…
são
dias em que é preciso
escrever
poemas e os jogar ao mar
porque
na ilha deserta que somos
a
resposta pode estar do outro lado
e a
pergunta mostra como chegar…
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