essa
filosofia que procuro
meio
bêbada pelos becos
meio
nua de artifícios, cética
e
sem um norte improvável
no
improvável das questões,
me
excita o sexo amoldado
me
fura os olhos, a lucidez
o
patético da cobiça inútil
o medir-se em comiserações
no extremo das ausências,
não
sou bom em investigar
desconfio dessas equações
rezo
incensos de distâncias
preces onde afundo os pés
a
semear suor, e cansaços,
as asas partidas, os refugos
estilhaços de olhos, febres
maleitas, remorsos a gemer
num coito de interrogações
no
improvável de saber-se,
essa
matemática de desvios
refaz subtrações e vertigem
refaz subtrações e vertigem
o
hesitar de por-se a caminho
e
descobrir o pó do sempre
na
sombra que vaga o infinito…
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