As Duas Fridas (1939) - Frida Kahlo |
Cada dor está em seu lugar
Nem divido a ordem do tempo
O viajante está em seu lugar
Também o dia, o pensamento
O vigia que planta a aurora
Aqueles em fuga na ventania
A mulher, a janela, o espasmo
Do verdugo em sua litania
Tudo no lugar que lhe cabe
Borboleta partida, poeta
ferido
Não rebato dúvida, causa do ser
Nem a porta que já não abre
As garras retorcidas do talvez
Cascas fendidas, tentações
Esses sonhos que furtam a lua
No espesso leito das visões
As garras retorcidas do talvez
Cascas fendidas, tentações
Esses sonhos que furtam a lua
No espesso leito das visões
Cada dor tem o seu lugar
Seja mar, colina, céu nublado
Os loucos em redes de pesca
Bêbados por todos os lados
Os castos a despir-se o amor
Corruptos a revolver o cinismo
E o destino tem o seu lugar
A lâmina nos olhos do abismo...
Incríveis metáforas!
ResponderExcluirObrigado, suas palavras sempre gentis! Abraço!
ExcluirMuito bom mesmo. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado, seja bem-vindo a esse espaço de ideias poéticas!
ExcluirCheio de metáforas bastante significativas. A vantagem da poesia é que cada um a interpreta por si próprio. bjs
ResponderExcluirConcordo, uma vez que é a vivência de cada um que vai agregar valor ao sentido do texto. Fico feliz que tenha apreciado! Um abraço cordial.
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