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FONTE

É isso que fica de saltar a alma
em quanta paixão que ainda há

e tantas que sempre vão emergir
e ser vastidão sem definir o mar,

É isso que se faz nos caminhos
ouvir o vento que a tudo silencia

vestir terra ou desnudar o regato
e ser tempo, sem assomar o dia,
                    
Ou se terá a medida do imenso
nos territórios que ainda somem

números que possam quantificar
tudo o que infinda ser o homem,

Tudo, exceto as asas do beija-flor
que têm esse jeito de viajar além

e atravessam universos, na fonte
do movimento, do átomo e da cor.

Comentários

  1. Que belo!!!!

    "Tudo, exceto as asas do beija-flor
    Que têm um jeito de viajar além!

    Poesia!! Ah! poesia!!!!
    Parabéns J.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado! São sempre bem-vindos seus comentários e críticas! Abraço!

      Excluir

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CÔMPUTO

A equação do voo das moscas o zunido do fosso dos ventos, O número de grãos da areia a ferrugem dos dias e da alma,                                                                        O azul a lua etérea,                              as páginas obscuras do Índex, voos e ardis,                                                                                 O abecedário das formigas o sustenido dos pardais, O sol nos bancos das praças a ordem objetiva do mundo... Tudo foi calculado.

STANDBY

me devoto ao impossível tanto quanto creio no tempo e seja próprio do existir o embate inútil das ideias, me devoto aos artifícios Michal Mackú como se a derme calcificada da alma, toda se adequasse em mimetismos e disfarces, no indissolúvel contrato do desencontro, e do vazio tudo é uma espera constante enquanto se macera a vida, mas o espetáculo continua seja noite ou tempestade e o que movimenta a máquina ao menos também a pulveriza...

O OUTRO

Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.