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PRESENÇA


uma vez, esqueci
num canto de sala
uma palavra

revirei gavetas, o lixo
arquivos, verões
baús, e portfólios

procurei em curvas
guetos, alcovas...
sem gemido ou sono 
                                                                              
afundei em oceanos
cavei em galáxias
e cafés de esquina

uma palavra
nada mais que isso
e jaz nua, aqui dentro.


PRESENCE


once forgot

a corner room
a word,

rolled drawers, trash
files, summers
chests, and portfolios,

searched curves,
ghettos, alcoves ...
without whimper or sleep,

sunk in oceans
dug in galaxies
and corner cafes,

a word,
nothing more than that
and lies exposed, in me.

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CÔMPUTO

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STANDBY

me devoto ao impossível tanto quanto creio no tempo e seja próprio do existir o embate inútil das ideias, me devoto aos artifícios Michal Mackú como se a derme calcificada da alma, toda se adequasse em mimetismos e disfarces, no indissolúvel contrato do desencontro, e do vazio tudo é uma espera constante enquanto se macera a vida, mas o espetáculo continua seja noite ou tempestade e o que movimenta a máquina ao menos também a pulveriza...

O OUTRO

Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.