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SAMSARA

sim, estou perdido demais
para ensinar um caminho
e não vou esconder a fogueira
para abstrair sobre o escuro,

desconheço se escolhi certo
mas sei como é estar aqui
pode não haver mérito nenhum
ainda não provei meu limite,

dispenso as apresentações
listas, uniformes, recibos
as normas a serem seguidas
essas diagramações de sentir,

dispenso a dosagem certa 
a roupa de frio, e os chás
manter o foco, comer aveia
e os estágios para o sucesso...

roteiros excluem descobertas
leis não impedem terremotos
ditadores, um dia, morrem
medo é o búnquer da liberdade,

seja por qual for o preço
vale a pena gastar a vida
no fim, o resultado é um só
que tempo é moeda sem retorno

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STANDBY

me devoto ao impossível tanto quanto creio no tempo e seja próprio do existir o embate inútil das ideias, me devoto aos artifícios Michal Mackú como se a derme calcificada da alma, toda se adequasse em mimetismos e disfarces, no indissolúvel contrato do desencontro, e do vazio tudo é uma espera constante enquanto se macera a vida, mas o espetáculo continua seja noite ou tempestade e o que movimenta a máquina ao menos também a pulveriza...

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Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.