a soprano de névoas
cantava meus pés cansados
a minha vida sem graça
os meus dias contados,
o som de uma agulha cerzia
o silêncio das cinzas
meus olhos vigiavam a rua
de um ponto nas nuvens,
a poeira se multiplicava
em estrelas pelo céu
enquanto a luz escorria
nas poças de água da chuva,
pessoas rezavam nos becos
preces já esquecidas
para que o sono os acorde
de um deus feito de espinho...
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