não
estava preocupado
com a
posição da cadeira
o
giroscópio o guarda-chuva
ou as
pautas do cotidiano,
lustrava
o vazio dos copos
os
insetos da varanda
as
plantas dentro do relógio
o peixe
empalhado no teto,
pintava
umas borboletas
na órbita
lustrosa dos olhos
lambia as
ondas da praia
que se
estendia pela janela,
polia o
mecanismo do vento
observava
nas asas da lua
os
lêmures em slow-motion
a afundar
entre as nuvens,
escutava
músicas coloridas
escrevia
hieróglifos invisíveis
comia
eufemismos baratos
e
fotografias velhas em P&B,
não fiz
mais por me gastar
com a
roupa nova do rei,
no mapa
do tesouro perdido
há tempos, me desencontrei...
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