Sempre havia uma forma
de pular no rio, de pegar a nuvem
de inverter as coisas, depois dormir,
então, catar no silêncio do lago
isso que emerge quando se escuta
umas não linguagens mudas de sentir;
Sempre havia um jeito
de mudar o mundo, comer a fruta
colhida na lua, viajar numa estrela,
então, recomeçava o dia
mesmo que fosse a mesma história
e nem mesmo sonhos pudessem detê-la;
Sempre havia aquela fenda
na fresta da porta, ou no telhado
no escuro da vida, e essa esperança,
como se tudo feito mais leve
domasse a tristeza, fel desse mundo
e tudo em nós acordasse mais criança…
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