açucares
de saliva
bebi
no mel do seu desejo
fogo
de açafrão, temperos
de
lua cheia, sais,
boca
aninhada aos seios;
mandrágoras
de vidro
seivas
agridoces de sorver
gemidos
não contidos
tenazes
a ferir e sangrar
e
havia nos oceanos
uma
espuma azul turquesa
anêmonas
nas entranhas
um aroma de suores fecundos
um aroma de suores fecundos
em
êxtases de agonia;
em
qual mundo repousar
tantos
corais férteis
e
moléculas prenhes de luz?
de
que líquido preencher
o
mistério em eterna fuga?
e o
corpo se eriça
como
uma colina de musgos
a
ferver pluri-oceanos
num
transe de pele nua
a
levar infinitos à deriva...
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