escrevo
em suas ondas
as minhas
reentrâncias
os meus
abismos, meus sais
minha
gota de cinismo, o mal
que trago
desde o princípio,
não sei
se o que digo
seria
digno de nota, ou não
apenas
preciso escrever
como num
automatismo de ar
a
preencher os pulmões,
preciso,
talvez, deixar
seguir em
correntezas nuas
isso em
mim represado
opresso,
medido, suspenso
sedimento
na cloaca de pensar,
então,
frente ao imenso
ao
desmedido do ser, fluir
meu corpo
em palavra morna
pelas
areias da praia
a praia
que esqueci na alma.
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