no espaço-tempo
foco na fonte nua
dilui-se a imagem
que o olho invade,
corpo interconexo
alma que convulsa
perfume na poeira
memórias de jade;
o muro transposto
asas entreabertas
mundos a navegar
estrelas sem nexo,
abelha rainha nua
fada de vendavais
sonhar é caminho
de rios submersos;
espelho lago luas
pássaros manhãs
cores de inventar
beija-flor, dragões,
caminhos a esmo
borboletas nuvens
chuva nas janelas
de quantos verões;
vem a madrugada
no vento a cantiga
esculpe o mistério
à luz da lua esfinge,
e tudo é o começo
asa vento sombra
e o azul no infinito
mar que me atinge…
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