era
forçosamente uma tarde
como as
outras
inserida
em seu instante nulo
e
insignificante,
como o
esvoaçar de uma asa
moldada
em pedra
ou o
espaço sem profundeza
de um mar
represado,
e
mediam-se os cartesianos
das
esquinas
as
fosforescências do infinito
o
gradiente da rosa,
a
tragédia da dançarina nua
a música
das pedras
todo
ritmo em sua sincronia
o ressoar
das horas,
as
umidades dos batráquios
a coaxar
o nada
a
desmistificação dos signos
e o
elixir da vida,
no mais
fundo de si mesmo
um grito
humano
extraído
da superficialidade
é o que
destoa de tudo.
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