o poeta
morreu na praça
sua casa
sem arcabouço
seu lar
liberto de pactos,
depois de
morto – sorriu
espreguiçou
sua limpidez
para além
da indiferença,
depôs os
acordes da lira
em um
silêncio só audível
aos
tecedores da aurora,
ergueu as
asas cansadas
para além
do olhar vazio
daqueles
que não o viam,
e
incerto, como um poeta
foi ao
encontro do depois
sem a dor
de quem nasce,
ainda
procuram no banco
talvez
num último poema
o que sua
falta diz de tudo.
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