Pular para o conteúdo principal

CIRCUS MAXIMUS

Allez, allez – era o palhaço triste
com aquele sotaque engraçado,
enquanto o mormaço da tarde
recolhia-se na asa do crepúsculo;

Nua, a bailarina dança no céu
em seu trapézio quase invisível,
animais terrestres e aquáticos
tocam uma música selvagem
num hipnótico cenário em P&B;

I’m sorry, ladies and gentlemen
but there is no heaven’s stars here,
I lost my name e and I’m so sad,
(e tudo segue fora do roteiro...)

Deixa o vento cantar na lona
gemidos de borboletas sufocadas
Magrite, Miró, Salvador Dali...
voar a transcendência humana
é tão breve no sopro do tempo;

Porque aqueles anjos choram
se não lhes é negado o paraíso?
- Acorda, refém da poesia, é sonho
o que faz nascer o artista...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PAISAGEM

fragmentos de nenhum plenitudes de migalhas e sabor de poucos azuis, minha paisagem cruza dos contornos do agora Pano Branco by João Carlos in www.blckdmnds.com às espacialidades  nuas, transpondo os mundos e os revirando em mar de um imergir miragens,                           lançando-se ao absorto para colher das estórias a que não será contada, sei pouco de horizontes e paralelos e contrastes nesse olhar de sombras, minha voz é do silêncio carcereiro das palavras que não alcanço libertar.

ESTANTE

Colaboração de Rita Carvalho   em desenho de  Raquel Pinheiro (clique para ampliar) ando a procurar inspiração me fogem as palavras, como dizê-las? as razões e os modos desaprendi; o único caminho que sigo, ainda, é entre incertezas; guardava poetas na estante mas hoje os guardo lendo a vida e reconheço, viver é intraduzível; o único caminho que sigo, mesmo, é entre asperezas; tem momentos em que o silêncio faz gritar a poesia com palavras que não se escrevem... não quero descobrir os caminhos, apenas ter a luz acesa.

CICLO e outro poema

CICLO Não tenho o que fazer E então imagino versos Melhor do que guerras É reinventar universos Melhor que navegar só Ter palavras na vereda Mais denso que cálculo Ou musa que interceda À falta de aventurar-se Enlouqueceram muitos Já desaprendi as regras Dos contratos fortuitos Deixo a cargo do acaso Redescobrir a liberdade As cores de pintar o céu As paródias da verdade Não preciso saber muito Nem desejo saber nada Nada tenho a que fazer E reinicio quando acaba. DESEJO ambicionava montanhas na minha cidade não há assim invento mergulhos, e me preencho de alturas que não posso escalar... precisava de temperança na minha cobiça não cabe assim, me rendo à gula, e tomo o mundo com ganas mesmo que não o engula... a necessidade me leva em busca de uma alquimia de transmutar os enganos, e me aferro à lacuna ...