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IMAGEM


Sem Título - por J Ribas 

O que vive em mim nem por fim vive
Pois está fora do alcance que viva assim
O que vive em mim é relance de tarde
Lá fora, luz da manhã na noite que arde

O que vive em mim vem sorriso ao longe
Voz que me chama e me tem carinho
Como o sino que tange na alma sem fim
O que vive em mim é do espelho partido

É da luz de velas em sombras envolvidas
Que vai encontrar em outra paisagem
Reflexos que saltam da penumbra à vida
Quando o tempo me levou a imagem.  

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CÔMPUTO

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STANDBY

me devoto ao impossível tanto quanto creio no tempo e seja próprio do existir o embate inútil das ideias, me devoto aos artifícios Michal Mackú como se a derme calcificada da alma, toda se adequasse em mimetismos e disfarces, no indissolúvel contrato do desencontro, e do vazio tudo é uma espera constante enquanto se macera a vida, mas o espetáculo continua seja noite ou tempestade e o que movimenta a máquina ao menos também a pulveriza...

O OUTRO

Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.