As pedras
me doem
como
também as nuvens
viajo
águas de tempos
diluídos
na espuma,
Quanto sei de
mim
que deva
compor razões
de marés
incertas?
Quanto de
não saber
flutua em
promontórios
cavados
de proposições
que
prendi na lua?
Vejo
algum clarão
a
refulgir no horizonte
e
arquiteturas de descrer
os
códigos, a vida...
Nada está
pronto
há algo
de transparente
impreciso,
que emoldura
a névoa
de tudo.
Caríssimo J.Ribas,
ResponderExcluirPrimeiro quero agradecer sua visita e seu comentário tão gentil. Sou treineiro ainda e quem sabe um dia chego a encantar pelas letras. Gostei de vir aqui e conhecer o seu já encantador trabalho. Sua última estrofe define bem o jeito consciente de sua poesia.
"Nada está pronto
há algo de transparente
impreciso, que emoldura
a névoa de tudo. "
E há mesmo algo de muito transparente.
Prezado Oswaldo Antônio Begiato,
ExcluirPara um um "treineiro" o poeta fala com a voz e a modéstia dos mestres, que já encanta sim, pela lucidez do verso contundente e inquieto. Sinto-me honrado de ter essa voz nesse espaço de ideias e experimentos poéticos, deixo o meu cordial abraço e inegável apreço. Escrever é um ofício inglório, que em raras ocasiões, como agora, vale a pena persistir. Obrigado!
J. Ribas