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DIMENSÃO PARALELA

nunca estive lá e sempre estive lá
no confluir onde o real se mistura
com o que supomos ser imaginação,

atravessei mares, escalei montes
construí os tijolos desses castelos
que se desfazem na areia do tempo,

alguém diz que esse mundo inexiste
outro duvida que se possa revelar
o que a razão disfarça em loucura,

mas sempre estive lá, é o que sinto
em cada parede erguida no invisível
entre as frestas que se ocultam na lua...

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STANDBY

me devoto ao impossível tanto quanto creio no tempo e seja próprio do existir o embate inútil das ideias, me devoto aos artifícios Michal Mackú como se a derme calcificada da alma, toda se adequasse em mimetismos e disfarces, no indissolúvel contrato do desencontro, e do vazio tudo é uma espera constante enquanto se macera a vida, mas o espetáculo continua seja noite ou tempestade e o que movimenta a máquina ao menos também a pulveriza...

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Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.