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NEXT LEVEL

antes de morrer
quero desentender o mundo
e o que me obstinei a crer
da razão humana,

quero ver face a face
o rosto da escuridão
e guardar a luz do vir a ser
Tommy Ingberg in www.ingberg.com
no sol imerso no azul,

quero pouco saber
da morte, do seu perímetro,
e me deixar ir na poeira
de uma estrela inacabada,                                       
tecer quadros na tinta
de fluir tempo sem regra
com a cor de haver
desejo cinzas e sem fim,

quero esquecer tudo
de conceitos e teorias
de pressuposto e consciência
a espelhar-se no vazio,

e crer um sentido
sem esmiuçar das palavras
nem a certeza, ou a dúvida
necessárias a ser livre.

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STANDBY

me devoto ao impossível tanto quanto creio no tempo e seja próprio do existir o embate inútil das ideias, me devoto aos artifícios Michal Mackú como se a derme calcificada da alma, toda se adequasse em mimetismos e disfarces, no indissolúvel contrato do desencontro, e do vazio tudo é uma espera constante enquanto se macera a vida, mas o espetáculo continua seja noite ou tempestade e o que movimenta a máquina ao menos também a pulveriza...

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Me desfiz de mim há algum tempo esse que tropeça entre móveis, gestos é outro mais incerto, Aposto aos dias às horas mornas cego e absoluto Menino Sentado - Portinari de vazios, equívocos viagens sem retorno, Faísca em geleiras seu coração rude mãos calejadas                         o arado nas pedras a trespassar o desejo, Abala os montes acordos, os mitos apura a veleidade inútil das esperas, do sonho impossível, Falho de verdades à beira do abismo entre asa e vento segue o caminho, é outro mais incerto.