há muitos dias
espero
sem saber o que
esperar
vejo o deserto e
sonho
um supor-se à
distância
o pouco que alcanço
destilo de certezas
a fugir
das horas que
fisguei
ainda as sem
relevância;
retorno certo não
sei
somente vãs
promissões
aglutino
experimentos
sentimentos foscos
uns parcos nacos de sol
uns parcos nacos de sol
janelas que se
abrem
à luz e sua
premência;
grito e não ouço
eco
há gelo e fogo em
volta
foram-se os tempos
tudo que me pertencia
tudo que me pertencia
das asas do realejo
dos oráculos de pedras
das letras em carvão
buracos na sala vazia;
buracos na sala vazia;
caminho livre agora
e resiste pouco de
mim
a decompor o existir
e toda sua incoerência
nada distingo afinal
se abrevio parte ou
todo
mas um raio do ignoto
determina a essência.
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