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O OLHO DO TIGRE

não tenho a chave de mim mesmo
enquanto isso, desafio que o tempo
me mostre as palavras que não sei
para além do que seja o ponto final;

preciso de assombros e tempestade
de outras formas de revestir o físico
e de uma gradação próxima do éter
ou outro sentido que isso possa ter;

inauguro em inventários de opostos
as cicatrizes que sangram alquimias
os subterfúgios de dividir-se em um
a transfiguração plena de realidade;

o olho do tigre diante da sua presa
as batalhas que ainda não renunciei
o espaço vazio do que calculava ser
tudo é parte, indivisível, do que sou.



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