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DESPERTAR

Sempre havia uma forma
de pular no rio, de pegar a nuvem
de inverter as coisas, depois dormir,

então, catar no silêncio do lago
isso que emerge quando se escuta
umas não linguagens mudas de sentir;

Sempre havia um jeito
de mudar o mundo, comer a fruta
colhida na lua, viajar numa estrela,

então, recomeçava o dia
mesmo que fosse a mesma história
e nem mesmo sonhos pudessem detê-la;

Sempre havia aquela fenda
na fresta da porta, ou no telhado
no escuro da vida, e essa esperança,

como se tudo feito mais leve
domasse a tristeza, fel desse mundo
e tudo em nós acordasse mais criança…

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fragmentos de nenhum plenitudes de migalhas e sabor de poucos azuis, minha paisagem cruza dos contornos do agora Pano Branco by João Carlos in www.blckdmnds.com às espacialidades  nuas, transpondo os mundos e os revirando em mar de um imergir miragens,                           lançando-se ao absorto para colher das estórias a que não será contada, sei pouco de horizontes e paralelos e contrastes nesse olhar de sombras, minha voz é do silêncio carcereiro das palavras que não alcanço libertar.

CÔMPUTO

A equação do voo das moscas o zunido do fosso dos ventos, O número de grãos da areia a ferrugem dos dias e da alma,                                                                        O azul a lua etérea,                              as páginas obscuras do Índex, voos e ardis,                                                                                 O abecedário das formigas o sustenido dos pardais, O sol nos bancos das praças a ordem objetiva do mundo... Tudo foi calculado.

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