A POESIA jamais morre, ela gane, se retorce, estrebucha formas de falar suas brasas, incendeia as florestas densas do medo, transfigura alquimias novas e recém-nascidas dores, e então, teimosamente como o vento que dança nas montanhas, para lhes lapidar as alturas, ela retorna na correnteza do poeta, como um rio incessante que não descansa até juntar-se ao mar de sentir. Depois de mais de três anos sem postar nenhum poema, retorno a esse espaço em que partilhei parte de sonhos e pensamentos, na busca de uma linguagem própria e de uma voz que traduzisse ideias e sonhos. Não devemos parar de sonhar, não nos seja permitido desistir dos sonhos, seja por qual circunstância for, pois é parte da aventura de existir, o seguir em frente, sempre. (J. Ribas) Me faltava provar novamente do vinho e sentir a carne e o sangue da terra quanto tempo naufraguei entre escuros o barco da minha paixão despedaçada, e fiz o desenho sem contorno do invisível que em m
Sempre havia uma forma de pular no rio, de pegar a nuvem de inverter as coisas, depois dormir, então, catar no silêncio do lago isso que emerge quando se escuta umas não linguagens mudas de sentir; Sempre havia um jeito de mudar o mundo, comer a fruta colhida na lua, viajar numa estrela, então, recomeçava o dia mesmo que fosse a mesma história e nem mesmo sonhos pudessem detê-la; Sempre havia aquela fenda na fresta da porta, ou no telhado no escuro da vida, e essa esperança, como se tudo feito mais leve domasse a tristeza, fel desse mundo e tudo em nós acordasse mais criança…