DE MOMENTO
Nas asas
partidas do cata-vento
Deixei o
rastro de estrelas e sóis
Arrastar-se
ao céu de cordilheiras
Para depois
sufocar em arrebóis
Réstias
de luz faíscam em nuvens
Que mal
se ocultam na fantasia
E surge do
nada uma inspiração
A agitar no
amontoado dos dias
O que
faço para entrar no recinto
Se não trago
a chave da cantiga
E não
mais que versos pressinto?
Como
ondas invisíveis de um mar
Que de
uma ponta a outra se liga
DE DEVANEIO
Examino
qual espaço será esse
Que vejo
e não encontro o fim
Penetro o
azul, às vezes o vítreo
A se afastar
em redor do jardim
Se bem me
recordasse é o mar
Submerso
pelas aleias do tempo
A
transcorrer em si as distâncias
De levar
os mistérios por dentro
Numa
estação sem chegar ou ir
A guardar
estrelas que vão cair...
Talvez se
disfarce pela paisagem
Ou é um
lugar antes do mundo
No esquecimento
que levou tudo
E para o
qual os devaneios viajem.
Comentários
Postar um comentário
Comente os textos, suas críticas são bem-vindas e sugestões também. Obrigado!