Me
arrasto dos pontais da lua
Ao
fio dos meus pensamentos
E
estrelas que ainda não vejo
Riscam
o céu que me ausento,
E
além dos arcanos se esconde
O
motivo do silêncio das horas
Um lugar que não se sabe onde,
O
barco vai quando amanheço
Regressa
no levante de nascer
Além
da trilha de encontrar-se,
Adensa
o cristalino, e o avesso
No
fragmento que contém o ser
E
jamais revela do seu disfarce.
Por mais que sem métrica - nem heroico nem sáfico -, seu soneto traz um ritmo livre, marcado pela imprecisão e, por isso, desconcertante. Acho belo.
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado, o formato me atrai pelo poder de síntese, o ritmo e a métrica são intuitivos! Grato!
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