Sou o velho a lembrar paisagens, o moço a se aventurar por elas, e sou o menino que as imagina, Tenho na voz distância de estrela, quietude de mar sem calmaria e o silêncio, que tudo neblina, Sou o corsário sem ilha do tesouro, rei que abdicou império e coroa, mendigo a resistir na esquina, Vim em noite de ermo e fogaréu, cresci em tarde nua de fronteiras, sigo essa manhã, que não termina.