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RAIZ

Sigo de campos sem lua
com umas asas de cera
nos abismos me esvazio,

um tempo longe anuncia
a correnteza  do absurdo
e quase tudo fluindo rio,

Golpeio o desejo no olhar
fulmino a vida, os signos
e aguardo retornar ao pó,

talvez na rota do existir
reveja outras geografias
na confluência de ser só,

E quando sobre o ventre
do espelho sem memória
vir essa sombra de tudo,

de frente ao mar incerto
da minha alma sem raiz
retorne ao que não mudo...


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fragmentos de nenhum plenitudes de migalhas e sabor de poucos azuis, minha paisagem cruza dos contornos do agora Pano Branco by João Carlos in www.blckdmnds.com às espacialidades  nuas, transpondo os mundos e os revirando em mar de um imergir miragens,                           lançando-se ao absorto para colher das estórias a que não será contada, sei pouco de horizontes e paralelos e contrastes nesse olhar de sombras, minha voz é do silêncio carcereiro das palavras que não alcanço libertar.

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