Pular para o conteúdo principal

CÉU DE AÇAFRÃO




O tempo em mim
É sair pelo espaço
E vazar imensidão
Nas trilhas sem fim

Esse pensamento
É como fosse abrir
Ao sabor do vento
O mar sem direção

Enlaço o instante
Além do que vive
E tudo que cante
Dos frutos que tive

Som da ventania
No céu de açafrão
Do pó é que saía
A alma feito grão...



Quão doce é ter de amar
e o quanto tenho de sonho,
Que em meio a doçura está
  os versos que me disponho.
J. Ribas

Comentários

  1. J. Ribas,

    Fiquei muito honrado com a sua visita ao meu blog. Afinal não é todo dia que um poeta com uma obra assim tão fecunda aparece por lá.
    Muito obrigado, mesmo. Uma honra muito grande.

    ResponderExcluir
  2. Na verdade eu que me sinto honrado com suas palavras, descobri sua obra a pouco tempo aqui na internet, e num programa da TV Ceará, e fiquei maravilhado, sou um iniciante,portanto sua palavra me traz grande incentivo.
    Grande abraço!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente os textos, suas críticas são bem-vindas e sugestões também. Obrigado!

Postagens mais visitadas deste blog

CÔMPUTO

A equação do voo das moscas o zunido do fosso dos ventos, O número de grãos da areia a ferrugem dos dias e da alma,                                                                        O azul a lua etérea,                              as páginas obscuras do Índex, voos e ardis,                                                                                 O abecedário das formigas o sustenido dos pardais, O sol nos bancos das praças a ordem objetiva do mundo... Tudo foi calculado.

LÂMINA

As Duas Fridas (1939) - Frida Kahlo Cada dor está em seu lugar Nem divido a ordem do tempo O viajante está em seu lugar Também o dia, o pensamento O vigia que planta a aurora Aqueles em fuga na ventania A mulher, a janela, o espasmo Do verdugo em sua litania Tudo no lugar que lhe cabe Borboleta partida, poeta ferido Não rebato dúvida, causa do ser Nem a porta que já não abre As garras retorcidas do talvez Cascas fendidas, tentações Esses sonhos que furtam a lua No espesso leito das visões Cada dor tem o seu lugar Seja mar, colina, céu nublado Os loucos em redes de pesca Bêbados por todos os lados   Os castos a despir-se o amor Corruptos a revolver o cinismo E o destino tem o seu lugar  A lâmina nos olhos do abismo...

CICLO e outro poema

CICLO Não tenho o que fazer E então imagino versos Melhor do que guerras É reinventar universos Melhor que navegar só Ter palavras na vereda Mais denso que cálculo Ou musa que interceda À falta de aventurar-se Enlouqueceram muitos Já desaprendi as regras Dos contratos fortuitos Deixo a cargo do acaso Redescobrir a liberdade As cores de pintar o céu As paródias da verdade Não preciso saber muito Nem desejo saber nada Nada tenho a que fazer E reinicio quando acaba. DESEJO ambicionava montanhas na minha cidade não há assim invento mergulhos, e me preencho de alturas que não posso escalar... precisava de temperança na minha cobiça não cabe assim, me rendo à gula, e tomo o mundo com ganas mesmo que não o engula... a necessidade me leva em busca de uma alquimia de transmutar os enganos, e me aferro à lacuna