Cultivo muitas vidas por dia Depois morro a cada contrato Para nascer o tempo me expia Dos motivos por que me mato Escrevo um livro cada hora No momento seguinte esqueço Quando a febre vai-se embora E junto à penumbra estremeço Leio a alma num segundo Mas desconheço qual razão As magas desfiam outro mundo Contudo, este é minha prisão Canto uns versos pelo sem fim De tropeços, de enganos amei É vergando esse oceano em mim Que descarrego o que não sei.
de palavras, universos e inconclusões...