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Mostrando postagens de outubro, 2017

MOMENTO

guardo rompantes de nuvens nas horas em que entardeço e a terra gira as esquinas para a lua brilhar seu véu, quando entre deserto e mar o que sonho ampara o mundo ainda que algo sem sentido hiberne nesse sono sem fim, escrevo segredos nas pedras que levam nas asas do tempo o quanto não vi do incerto quando o sol despe a aurora… guardo rompantes de oceanos nas vezes em que me esqueço das coisas de pensar a vida e olho a imensidade seguir, me disfarço a massa informe a parte inconclusa, a falta ondas fiam a carne da noite por essa ausência no mundo, dividido em sombra e vazio viajante do que não alcanço recluso na própria miragem tudo que levo - é esse agora…

NOTURNO 2

t inha esse brilho nos olhos uma asa quebrada nos ombros tinha esse brilho de espelho transformado em muitos olhos, a arte de resistir aos ventos sem nunca se opor à ventania do barro veio, o pó tudo leva no mesmo sopro que o esvazia; tinha a carne fraca do sonho e uma lâmina acesa na vigília a espera que o devora alcança além da visão do fim das horas, sua arte de esculpir o incerto desse sumo que destila a vida e esse desencanto que tudo leva ao jardim de cinzas esquecidas...

FREEDOM

antes que me digam o que fazer abro as portas de par em par salto na fogueira acesa na lua mergulho o mar dentro dos olhos, antes que me digam o que fazer derramo palavras pela ventania pego o dia no peitoril da janela folheio as asas e rios do tempo, antes que me digam o que fazer dou à volta ao mundo num delírio jogo as tintas da luz na sombra reconquisto uma terra de sonhos, antes que me digam o que fazer deixo na praia a pele de escamas recolho nas ondas a minha alma e visto toda a nudez da liberdade…