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QUASAR

já recitei ao vento
a minha homilia do nada
meu templo é a vida,

quem me segue voa
com as asas que ofereço
tenho olhos que raiam,

renasci de morrer
em mim mesmo a tudo
que não esteja vívido,
                   
o meu segredo
lavro minas descobertas
em mistérios, e paixão,                                                                                         
não sei de princípios
bebo uma revolta afiada
que não cede palavra,

o que tenho de céu
salvo da vaga liberdade
que me expropriam,

um sem sentido
me conduz às esferas
e, se não há respostas...

no absurdo sonho
o lugar sem fronteiras
onde toda a alma pulse.

Comentários

  1. "o lugar sem fronteiras
    onde toda a alma pulse"

    Que poder, cara. Que poder!

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    Respostas
    1. A poesia se completa com a visão do leitor, esse é o poder! De nada adianta uma ponte se ninguém a atravessa! Obrigado amigo, um grande abraço!

      Excluir

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PAISAGEM

fragmentos de nenhum plenitudes de migalhas e sabor de poucos azuis, minha paisagem cruza dos contornos do agora Pano Branco by João Carlos in www.blckdmnds.com às espacialidades  nuas, transpondo os mundos e os revirando em mar de um imergir miragens,                           lançando-se ao absorto para colher das estórias a que não será contada, sei pouco de horizontes e paralelos e contrastes nesse olhar de sombras, minha voz é do silêncio carcereiro das palavras que não alcanço libertar.

CICLO e outro poema

CICLO Não tenho o que fazer E então imagino versos Melhor do que guerras É reinventar universos Melhor que navegar só Ter palavras na vereda Mais denso que cálculo Ou musa que interceda À falta de aventurar-se Enlouqueceram muitos Já desaprendi as regras Dos contratos fortuitos Deixo a cargo do acaso Redescobrir a liberdade As cores de pintar o céu As paródias da verdade Não preciso saber muito Nem desejo saber nada Nada tenho a que fazer E reinicio quando acaba. DESEJO ambicionava montanhas na minha cidade não há assim invento mergulhos, e me preencho de alturas que não posso escalar... precisava de temperança na minha cobiça não cabe assim, me rendo à gula, e tomo o mundo com ganas mesmo que não o engula... a necessidade me leva em busca de uma alquimia de transmutar os enganos, e me aferro à lacuna ...

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