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MEU POEMA

Vi uma esperança
Quando abri a janela
Saltou junto à luz
Rente ao sol trigueiro
De acender a manhã;

Vi uma esperança
No olhar da moça
Que calculava a rota
Muito tortuosa
De uma estrela anã;

Vi uma esperança
Na tarde encurvada
Dos olhos brilhantes
E libertos de tudo
De uma anciã;

Vi uma esperança
Na cratera da noite
Entre claves e zelos
Atravessar a parede
Da sorte malsã;

Vi uma esperança
Que digam o contrário
Ou disfarcem o silêncio
Continuo a vê-la
Ainda que seja vã.

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PAISAGEM

fragmentos de nenhum plenitudes de migalhas e sabor de poucos azuis, minha paisagem cruza dos contornos do agora Pano Branco by João Carlos in www.blckdmnds.com às espacialidades  nuas, transpondo os mundos e os revirando em mar de um imergir miragens,                           lançando-se ao absorto para colher das estórias a que não será contada, sei pouco de horizontes e paralelos e contrastes nesse olhar de sombras, minha voz é do silêncio carcereiro das palavras que não alcanço libertar.

CICLO e outro poema

CICLO Não tenho o que fazer E então imagino versos Melhor do que guerras É reinventar universos Melhor que navegar só Ter palavras na vereda Mais denso que cálculo Ou musa que interceda À falta de aventurar-se Enlouqueceram muitos Já desaprendi as regras Dos contratos fortuitos Deixo a cargo do acaso Redescobrir a liberdade As cores de pintar o céu As paródias da verdade Não preciso saber muito Nem desejo saber nada Nada tenho a que fazer E reinicio quando acaba. DESEJO ambicionava montanhas na minha cidade não há assim invento mergulhos, e me preencho de alturas que não posso escalar... precisava de temperança na minha cobiça não cabe assim, me rendo à gula, e tomo o mundo com ganas mesmo que não o engula... a necessidade me leva em busca de uma alquimia de transmutar os enganos, e me aferro à lacuna ...

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