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SOPRO


Dance - by H. Matisse

Ouço de um mundo imaginado
Os ecos sem rumo que rebentam
Por entre ventos a inventar festa
De bandeiras a saudar o tempo

Quis dançar e no enlevo da vida
Tal menestrel do planeta errante
Girar nos arcos do sol incendido
Entre vestais bêbadas e amantes

E contar segredos que não ouvi
Suspenso entre a vida e o sonho
Livre nas asas da estação que vai
Pela brevidade de que disponho

Pois o caminho que amanhece
Esse que continuará em verdade
É o sopro humano que diviniza
 E não a duração da eternidade.

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fragmentos de nenhum plenitudes de migalhas e sabor de poucos azuis, minha paisagem cruza dos contornos do agora Pano Branco by João Carlos in www.blckdmnds.com às espacialidades  nuas, transpondo os mundos e os revirando em mar de um imergir miragens,                           lançando-se ao absorto para colher das estórias a que não será contada, sei pouco de horizontes e paralelos e contrastes nesse olhar de sombras, minha voz é do silêncio carcereiro das palavras que não alcanço libertar.

CÔMPUTO

A equação do voo das moscas o zunido do fosso dos ventos, O número de grãos da areia a ferrugem dos dias e da alma,                                                                        O azul a lua etérea,                              as páginas obscuras do Índex, voos e ardis,                                                                                 O abecedário das formigas o sustenido dos pardais, O sol nos bancos das praças a ordem objetiva do mundo... Tudo foi calculado.

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